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Id: | 19282
| Autor: | Cerruti, Humberto; Bechelli, Luiz Marino. | Título: | A infecção leprosa congenita em face da reacção leprotica durante a gravidez.
| Fonte: | Rev. bras. Leprol;4(n.esp):199-211, 1936. .
| Resumo: | Os autores tecem considerações sobre as transmissões hereditarias, germinativa e congenita ou por via placentaria na lepra, negando a possibilidade das duas primeiras, como soé acontecer, em geral, com todas as molestias infecciosas. Baseadas nas poucas obervações de lepra congenita publicadas na literatura e nos achados bacillares em recem-nascidos, admitem a possibilidade, se bem que rara, da infecção leprosa congenita ou por via placentaria nos fetos. A raridade da transmissão congenita, confirmada pelas observações prolongadas, feitas em recem-nascidos filhos de hansenianos, que rarissimamente se tornam leprosos, quando afastados logo ao nascer do meio em que deveriam viver, mostra a pouca importancia que tem na propagação da molestia. Pelo estudo bacteriologico e histo-pathologico de cinco placentas, sete cordões umbilicaes, tres autopsias de recem-nascidos e uma de feto de quatro mezes, relatam ter encontrado bacillos alcool-acido resistentes de Hansen no chorion das villosidades placentarias num caso e no cordão umbilical de outro caso. não observando nunca a presença de lesões histo-pathologicas de natureza leprosa. Além de não observarem nos recem-nascidos e feto a presença de lesões macroscopicas e microscopicas que justifiquem a lepra congenita, não encontraram a presença de bacillos alcool-acido resistentes de Hansen quer no sangue e nos órgãos do fero e das creanças autopsiadas. Chamam a attenção para o facto que, nos dois casos em que constataram a presença de bacilos de Hansen na placenta ou no cordão umbilical, as parturientes tiveram reacção leprotica durante a gravidez, admittindo que a infecção da placenta, do cordão e do feto, se faça mais communmmente durante a gestação quando acompanhada de r~eacção leprotica. Justificam finalmente, a necessidade de um tratamento pré-natal, orientando de modo a se afastar não só as molestias intercorrentes, como tambem a medicação chaulmoogrica deverá ser administrada habilmente, associada á therapeutica desensibilizante e desintoxicante, procurando evitar todas as causas possiveis, desencadeadoras do surto eruptivo, quer mesmo lançando mão com grande frequencia da hemo-sedimentação, annunciadora, ás vezes, com certa precocidade, de um futuro surto de racção leprotica. (AU).
| Descritores: | HANSENIASE HANSENIASE/clas HANSENIASE/congen HANSENIASE/compl HANSENIASE/epidemiol
| Meio Eletrônico: | http://hansen.bvs.ilsl.br/textoc/revistas/Edicao%20Especial/1936/PDF/Ed.esp.a20.pdf - pt.
| Localização: | BR191.1 |
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